Refazendo

Quem possui a primeira edição desta revista (publicada em 1993), verá alterações nos desenhos e a inclusão de novas páginas, para dar mais dinâmica à linguagem dos quadrinhos, prejudicada principalmente na segunda parte da primeira edição. Para aqueles que estão chegando agora, selecionamos alguns quadros e páginas com o objetivo de melhorar o entendimento sobre o que foi feito e aprimorar o trabalho.

A história completa está na página HQ Círio deste blog.

  Neste terceiro quadro da página 15 a anatomia dos pescadores e os detalhes do escaler foram refeitos.

No quarto quadrinho da página 2O que as figuras da procissão sofreram acréscimo e maior detalhamento, assim como na praia e nos barcos ao fundo.

Aqui vemos um exemplo do desdobramento de uma página em duas, para tornar a leitura mais leve, com uma distribuição harmoniosa dos quadrinhos.

 

 Mais um exemplo do desdobramento de páginas. Podemos observar que nem sempre o esboço se mantém na finalização.

 

Neste caso, o excesso de texto tornou a página mais um texto-ilustrado do que propriamente uma página de quadrinhos. É visível a melhora no resultado final.

 

 

 

Outro caso de página de difícil leitura, que acabou descaracterizando a agilidade e objetividade da linguagem dos quadrinhos.Sua transformação em duas páginas recobrou essa característica fundamental na leitura de HQ.

Esperamos que esses exemplos possam servir tanto para quem é leitor de quadrinhos, quanto aos que se iniciam pelas veredas desta arte singular.

Fotolíce

O exemplo de Jesuino que muitos políticos deveriam seguir

Raymond Briggs

A tão esperada seqüência para a animação de Natal encantado Raymond Briggs clássico, o boneco de neve - e desta vez ele tem um novo amigo

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http://youtu.be/_MbRoxS_5jY

Por mais de 30 anos, o escritor/ilustrador de melhor venda internacional, Briggs (1934-) tem produzido livros em formato de história em quadrinhos usando sua abordagem única, idiossincrática. Nascido em Wimbledon Park, subúrbio de Londres, ele participou de Wimbledon Art School. Depois de se formar na Slade School of Fine Art, em 1957, aonde foi desencorajado pelos professores a fazer cartum, se tornou um ilustrador freelance, designer de livro e escritor, bem como mestre de ilustração na Escola de Arte Brighton.

Seu trabalho demonstra o charme e versatilidade do meio de quadrinhos que vão desde histórias de clássicos infantis ( O Urso, Ug, O Boneco de Neve, Fungus, O Bicho-Papão), ...

... usando de uma ironia subversiva como em Papai Natal, em que retrata um Noel rabugento e estressado pelo trabalho, ...

... até contos mais densos e pessoais, como o prenúncio de guerra nuclear em plena guerra fria em Quando Sopra o Vento ou a biografia de seus pais ​​Ethel & Ernest (publicado quando Briggs tinha 64 anos), que serve tanto como um documento da história social, como lembrança de um filho agradecido. 

Embora tendo se aposentado em Brighton, em 1987, vive na zona rural de Sussex e ainda está trabalhando em lançamentos de futuros livros. Ele é uma instituição nacional britânica.

Os Livrinhos de Ouro

George Duplaix, editor da Western Printing and Lithographing Company, idealizou e em associação com a Simon & Schuster lançaram em 1942 no mercado norte-americano os Livrinhos de Ouro, ao preço médio de 25 centavos. Até 1941 os livros infantis custavam cerca de 2 dólares, um luxo para muitas famílias dessa época. Eram impressos em cores em papel de alta qualidade e as capas eram duras com uma fita adesiva em ouro na lombada. Esse livros criaram uma nova concepção de literatura infantil, mais acessível às crianças. Os primeiros 12 títulos foram: O Filhote do Pequeno Cachorro Poky, Três Pequenos Gatinhos, Bedtimes Stories, O Alfabeto AZ, Mamãe Ganso, Orações Para Crianças, A Galinha, Canções de Ninar, O Livro de Ouro dos Contos de Fadas, Livro do Bebê, Os Animais do Fazendeiro Jones e Este Porquinho.

Os trabalhos finais geralmente eram assim, uma montagem de personagens de seus livros mais populares

MARTIN PROVENSEN 

Alguns desses livros foram ilustrados por Martin Provenson, que usava a guache, que é uma tinta semelhante à têmpera, mas que é possível se conseguir uma aparência de pincelada livre. Aqui está mais Provensen:

 GUSTAV TENNGREN 

Para Jed, um desses artistas foi Gustav Tenngren, com uma diversidade incrível. “As primeiras ilustrações de Tenngren que eu vi eram de livrinhos dourados como Pony Pokey Little e The Elephant Saggy Baggy. Estas ilustrações foram mais uma vez com tinta guache:"

“Pinóquio da Disney foi um dos meus filmes favoritos quando eu era criança, e mais tarde descobri que Tenngren foi responsável por grande parte da arte pré-produção. Grande parte do visual do filme foi muito inspirado por essas pinturas de Tenngren”.

“E muito cedo em sua carreira, ele fez ilustrações maravilhosas que ficaram assim”.

TIBOR GERGELY - Gergely foi outro ilustrador popular dos livros de ouro. Para Jed os livros que com o trabalho de Tibor que estava mais familiarizado eram Scuffy, o Rebocador e Tootle, o Trem: 

RICHARD SCARRY -  Foi outro artista com uma boa dose de variação. Suas ilustrações iniciais foram ousadas, pinturas a guache suave, semelhantes ao trabalho de Tenngren:

O que Jed Alexander mais gosta sobre Scarry, é como seus livros mostram esses pequenos humanos (ou animais que estavam nos seres humanos) em seus ecossistemas sociais. Ele mostrava pessoas que trabalham e compram coisas, e como tudo acontecia de uma vez. 

E aqui está um livro pop-up, o que fez muito poucos: 

“Aqui está um dos meus personagens favoritos, Worm Wiggly, que está puxando o trenó em seu carro de maçã. Eu também adoro a forma como todos os animais, (elefantes e gorilas) estão na mesma escala.Como um garoto isso nunca me ocorreu ou me incomodou. Não havia sentido em que isso importava, mas a maneira como as coisas deveriam ser”, comenta Jed.

CHARLEY HARPER - Jed acrescenta a sua lista de ilustradores na técnica do guache Charley Harper, mais conhecido por suas ilustrações de animais selvagens para livros infantis de ciências. “Eu não tenho certeza sobre isso, mas acho que ele também fez Livrinhos de Ouro”, completa o artista.

Eu adiciono a esta lista de Jed Alexander a ilustradora Eloise Wilkin, famosa por suas pinturas maravilhosas de crianças com ar angelical e que ilustrou dezenas de Livrinhos de Ouro.